Oficialmente Off.

Como todo mundo – ou melhor, as quatro pessoas inscritas no feed – já percebeu. Mas vale exclamar as saudades e desejo de voltar logo. A url fica, para quando a maré permitir. Beijos!

Em 2009, quero dançar como se ninguém estivesse vendo.

=)

beijo para todo mundo e até janeiro.

Querida amiga,

Ontem sonhei com você. Que morava numa casa ainda maior, com enormes janelas de vidro e vigas de madeira em frente ao mar. A vista era linda e o acesso difícil, tive de caminhar pela encosta, até alcançar onde você morava. Não havia quase vizinhos, era ‘meio do mato’, o que nem combina muito contigo. Eu sei que era domingo porque esta era a minha segunda visita do dia, antes, havia passado em casa de minha avó – ainda viva, neste sonho. Eu levava uma sombrinha de papel e haste de bambu, como as japonesas. Você me recebia com chazinho e sentávamos no sofá para falar da vida. Não lembro sobre o que conversávamos, mas ambas pareciam contentes. Guardei apenas sua última frase, quando nos despedimos: “Você só precisa disso para ser feliz, fazer visitas aos domingos”. Eu concordei e saí, com os olhos feitos em lágrimas. Freud, please.

…Tudo aquilo que a nossa
civilização rejeita, pisa e mija em cima,
serve para poesia

Manoel de Barros

Eu acho que ela é inocente. Afinal de contas, o que define a arte não é a intenção do artista?

Triste ler os comentários vociferantes e conservadores no site da folha. Tomara que ela consiga um bom advogado especialista em direitos humanos. As pessoas ignoram mesmo que existe toda uma civilização crescendo por baixo da grama, como diz o maffesolli, para quem as nossas estruturas importa nada. Alguém me explica porque esses meninos e meninas não tem o direito ao menos de se expressar, pixando o vazio, que seja.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Às vezes penso que chutar cachorro morto é o esporte preferido de alguns. Para quê algumas atitudes? Que tipo de prazer proporcionam? Será que ver alguém mal, em alguma medida, gratifica? Eu não entendo isso. Acho estranho que as pessoas se aproximem de você, fofas e cordiais, queridíssimas e cheias de sorrisos, e das duas ou três frases que trocam contigo uma é ” você sabia que (insira aqui uma fofoca que te deprecia de algum modo)”. Sorte sua que você já sabia. E a tal noticia bomba não te aflige. Mas, daí, vem à sua mente uns dois ou três episódios envolvendo essa tal pessoa, que te entregou informações pesadas sobre a sua vida, quando, naquela época, você não sabia de nada. E a fofoca introduzida era algo bem mais grave e doloroso. E aí, dói, novamente, porque cai a ficha dos motivos que te levaram a manter certa distância e não confiar completamente nela. Por mais encantadora que aparente, nas outras duas frases em que não diz nada que possa, remotamente, soar devastador. E você lembra que este seria um momento para as pessoas amigas se mostrarem mais amigas. Mas também para as que não são revelarem-se, como são. E daí, lágrimas por ser tão bestalhona e porque, no fundo, há muitas coisas que não, não precisamos mesmo saber.

Imagem daqui.